segunda-feira, 25 de maio de 2015

To Be Continued... Terceira Geração!

Saudações àqueles-que-lutaram-pela-empresa-que-não-enxerga-ou-pela-empresa-que-diz-que-não-compreende! (Eu sei, foi péssima essa...)... Chegamos à Terceira Geração. Foi aqui que as duas maiores empresas de games da história (apenas minha opinião exagerada) começaram a digladiar pela supremacia do entretenimento virtual! 



Eu comecei a saborear os prazeres que apenas os games podem oferecer na segunda geração, como já havia dito, e passei por todas as outras à partir daí. Mas, sem nenhuma sombra de dúvidas, a terceira e a quarta gerações foram as melhores em termos de diversão (reforço o fator "diversão", e não estou falando sobre tecnologia, qualidades gráficas ou sonoras... e mais uma vez, esta é apenas a opinião deste humilde blogueiro).

A Terceira Geração, é também conhecida como Geração 8bits, devido aos processadores utilizados nos consoles desta época. Embora já existente na geração anterior, somente nesta geração é que estes processadores foram aproveitados em seu potencial máximo. A qualidade gráfica e sonora deram salto enorme. A utilização de games 2D com jogabilidade em side scrolling, controles adaptados para estes tipos de jogos com o D-pad em cruz e comandos responsivos foram os principais fatores responsáveis por salvar a indústria dos games da crise de 83.

Quem não ama??

Abrindo a Terceira Geração, em 1983, após a Crise dos Games, temos o Famicom ou Family Computer. A Nintendo desejava lançar um console caseiro para dar continuidade ao sucesso de seus jogos de fliperama do começo dos anos 80. Inicialmente, o projeto contava com um sistema de computador contendo teclado, entrada para disquetes e um processador de 16 bits, mas para corte de gastos o que foi lançado no fim foi o console vermelho e branco com aparência de brinquedo que conhecemos.

Famicom: em seu auge, praticamente todas as casas japonesas com crianças 
possuía um sob sua TV.

Entretanto, apesar da preocupação em lançar um produto barato, a empresa não abriu mão da qualidade de seus componentes. Alguns fatos demonstram isso: um dos controles possuía um microfone embutido que seria usado para influenciar alguns jogos; o conector para os cartuchos ficava no interior do console para aumentar a longevidade; havia uma porta de expansão para periféricos que seriam lançados posteriormente e um botão de ejeção de cartuchos, totalmente desnecessário mas que foi incluído pois seus criadores acreditavam que seria divertido para as crianças.
Apesar desta preocupação, o console foi criticado em seu primeiro ano devido a algumas falhas técnicas, o que fez a empresa executar um recall de todos os consoles já vendidos. Pouco tempo depois, em 1984 e com os problemas já resolvidos, o Famicom foi relançado e se tornou um sucesso completo, sendo o console mais vendido no Japão naquele ano.
Com o sucesso do Famicom no Japão a empresa se interessou em lançar o console do ocidente. Inicialmente nos EUA, a Nintendo tentou negociar com a Atari, porém a empresa já estava no meio da produção de seu próprio console, então a Nintendo lançou seu produto sozinha, totalmente redesenhado, com um formato mais sério e moderno, nas cores cinza e preto e com o nome de Nintendo Entertainment System. Foi lançado em Nova York em 18 de Outubro de 85. Com o grande sucesso, foi lançado posterior no restante do país, na Europa, Autrália e Brasil.

Nintendo Entertainment System (NES), foi apelidado de Nintendinho no Brasil

Super Mario Bros. Jogo mais vendido do Nintendinho, com 40 milhões de cópias vendidas (incluídos os que vinham junto com o console). 

A Nintendo manteve-se praticamente sem nenhuma concorrência até 1985, quando a SEGA lançou o Mark III, uma evolução do SG-1000 (seu console da segunda geração). O SG-1000 foi lançado no mesmo dia do Famcom, porém estava aquém deste e não conseguiu vender bem. Porém a SEGA não desistiu e dois anos depois lançou o Mark III com um hardware superior ao seu rival. Entretanto, a maioria das software house possui exclusividade com a Nintendo e isso impossibilitou o Mark III de derrubar o gigante da Nintendo. Ainda assim é preciso dizer que os esforços da SEGA foram notáveis, pois onde outras companhias falharam ela insistiu. O Mark III foi novamente redesenhado e agora chamado de Master System, na tentativa de salientar a potência de seu sistema. Mesmo o Mark III não tendo sido bem vendido no Japão, a SEGA lançou o Master System nos EUA em 1986, Na Europa e no Japão em 1987 e no Brasil em 1989.


SEGA Mark III: A origem do Master System.


Master System juntamente com a famosa pistola Light Gun. Também possuía conectividade para óculos 3D e entrada frontal para os SEGA Cards, uma espécie de disquete reutilizável para instalação de jogos (não fez muito sucesso).





Como não fez muito sucesso nos EUA, onde o NES já era bem popular, a SEGA vendeu os direitos de comercialização do Master System para a Tonka. Somente em 1990, já com o Mega Drive lançado foi que a SEGA recomprou esses direitor. Neste mesmo ano o Master Sytem foi remodelado para uma versão mais econômica, sem a entrada dos SEGA Cards, sem compatibilidade para o óculos 3D e sem conectores de áudio e vídeo, podendo ser ligado à TV somente por RF (de pior qualidade). Mesmo assim o Master System não conseguiu emplacar nos EUA (sendo descontinuado em 92). No Japão o console já havia sido parado de fabricar em 1989, e portanto o Master System II não foi lançado por lá.

SEGA Master System II, uma versão de baixo custo 
sem muito sucesso na América do Norte

 A história do Master System foi diferente na Europa e no Brasil, locais onde o console fez grande sucesso e até mesmo superou as vendas do NES. No Brasil ele foi lançado pela Tec Toy. Das 13 milhões de unidades vendidas, 5 milhões foram no Brasil e mais 6 milhões na Europa. Devido ao sucesso no Brasil, outras versões do console foram lançadas como o Master System 3 Compact, o Master System 3 Super Compact e o Master System Portátil. Além disso, alguns jogos foram adaptados para a cultura local como Turma da Mônica por exemplo.


Master System III Compact, lançado pela Tec Toy no Brasil. Um grande sucesso de vendas e responsável por metade do faturamento da empresa no ano de seu lançamento.









Master System Super Compact
Era console e controle ao mesmo tempo. Possui entrada para os cartuchos na parte superior e entrada também para um segundo controle para jogos multijogador.









Capas do jogos: Wonder Boy in Monster Lande de sua adaptação brasileira: 
Turma da Mônica no Castelo do Dragão (Talves um assunto para o Rise From Your Grave Bdama?)

SEGA e Nintendo não batalharam apenas com esses dois consoles, mas também no campo dos portáteis. 
A Nintendo saiu na frente. Em 1989, com a intenção de mesclar o sucesso dos portáteis Game &Watch e a tecnologia e jogos do Famicom, foi lançado o Game Boy. Um portátil com processador de 8 bits, de estrutura simples (cabia no bolso), display preto e branco porém eficiente, funcionava até 20 horas com duas pilhas AA. Podia também ser jogado por duas pessoas através de um cabo que conectava dois aparelhos, o Game Link. O aparelho foi um sucesso total de vendas e superou todas as expectativas da empresa.



Game Boy da Nintendo e o jogo que o acompanhava: Tetris.

No ano seguinte a SEGA lançou a sua versão de console portátil, o Game Gear. Mais uma vez a empresa superou a concorrente em tecnologia pois o Game Gear possuía um tela colorida com 4.096 cores disponíveis podendo exibir até 32 ao mesmo tempo, capacidade superior até ao do Master System. Entretanto isso trouxe um custo alto: eram necessárias 6 pilhas AA e o aparelho funcionava apenas por uma média de 5 horas. O aparelho possuía um formato parecido com o controle do Master System e através de um adaptador podia rodar os jogos do mesmo. Infelizmente, devido ao fato do Game Boy já estar no mercado há um ano, a baixa autonomia e por de ser maior que o concorrente, não conseguiu bater de frente com o representante da Nintendo.



Portátil da SEGA e o jogo que acompanhava o aparelho: Columns, 
versão colorida do Tetris e seu concorrente direto


Além dos consoles da Sega e da Nintendo, outros foram lançados durante a 3a geração, porém nenhum deles alcançou o sucesso destas duas gigantes. 

Um destes "concorrentes" foi o Atari 7800. Em 1982, a Atari lançou o Atari 5200 para substituir o Atari 2600. Era um console com processador 8 bits, porém sem muitos jogos, e a maioria não passava de jogos do 2600 convertidos para a nova plataforma. Devido ao fato do Atari 2600 ainda estar muito presente no mercado e pelo Cras de 83, o Console foi um um fracasso total de vendas. Então em 1986 a Atari tentou reestabelecer a Supremacia que havia conquistado na geração anterior lançando o Atari 7800. Um console com processador mais rápido e potente que os atuais, possuía velocidade e desempenho superior ao NES e com gráficos e sons bem parecidos aos do Master System. Porém, em seu lançamento, a maioria das Software House responsáveis pelo sucesso do Atari 2600, como a  Namco, Capcom e Activision, já possuíam contrato de exclusividade ou com a Nintendo ou com a SEGA. Isso fez com que o acervo do 7800 fosse baixíssimo, não lhe dando chances de competir com os rivais.

Atari 7800... Como estaria a Nintendo hoje se ele tivesse feito sucesso?



Jogo Xevious
Comparação gráfica entre o Atari 7800 e o Nintendinho. 
A diferença realmente é enorme.








Apesar da tecnologia superior, a escassa quantia de jogos não permitiu ao Atari 7800 se desenvolver.








Além do Atari 7800, outros consoles também surgiram, mas não passavam de clones do Nintendinho ou do Master System, inclusive com compatibilidade para os cartuchos dos mesmos. Exemplos são o Phantom System, criado no Brasil pela Gradiente, o Top Game da CCE (também brasileiro) e o Dynavision da Dynacom.


Foram lançadas várias versões do Top Game - clone brasileiro do NES e fabricado pela CCE no final da 3a Geração. Em sua última versão, o console foi chamado de Turbo game e seus controles mudaram do formato do Nintendinho para uma forma invertida do controle do Mega Drive (que já havia sido lançado)


Dynavision e Phantom System: mais dois clones do NES que não obtiveram sucesso no mercado. Note que quando o Phantom foi lançado o Mega Drive também já estava em circulação.


E hoje fico por aqui. Semana que vem, com a Quarta Geração, o assunto continua assim como a luta entre Nintendo e SEGA. 

Até lá.

2 comentários:

  1. Cara, que nostalgia! Até hoje foi a geração que tenho mais horas de game e inclusive jogo até hoje. Esse fim de semana estava jogando war of the gems (rise from your graves ?) pelo hype de avengers 2 né... ;-)

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    1. Os jogos de heróis Marvel e DC bombavam na era 8 e 16 bits... os Jogos de X-man eram fantásticos.... eu adorava o The Avengers do mega drive tb... como eu disse, melhor época de games pra mim. Feliz pela matéria ter te trazido essa nostalgia boa, eu tb estou adorando escrever, uma viagem pelas memórias da minha adolescência e infância... Abração PC e obrigado pelo suporte.

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