terça-feira, 21 de julho de 2015

Psicologia e Games: Video Game vicia?

Aaaa, essa com certeza é a maior preocupação de nossos progenitores. Vocês gamers provavelmente torceram o nariz quando viram o título. Isso é uma reação bem comum quando nos deparamos com informações que podem contrariar nossa fonte de prezar. Porém vamos ver isso com todo o conhecimento cientifico que a psicologia pode propiciar. Não devemos tomar conclusões apressadas, então senta aqui do meu ladinho, da a mão e vamos descobrir.


Então, a primeira coisa a aprender é a seguinte: tudo que é bom PODE viciar.



Primeiramente vamos conceituar o nosso objeto abordado. Então toda vez que citarmos um comportamento exagerado, que com seu exagero gera perdas grandes na vida da pessoa, muitas vezes sem ela perceber, estamos falando de vicio. Sendo assim não é a simples quantidade de vezes que jogamos por dia que configura o vicio, mas somente se ocorrerem perdas SIGNIFICATIVAS na vida dessa pessoa.

 Segundo o pai do condicionamento operante, B. F. Skinner, tudo que fazemos, que ele chamará de resposta (R), necessita de um ambiente para poder ocorrer (S), e após sua ocorrência irá gerar um consequente (C), formando assim o que chamamos de tríplice contingencia operante. Um grande palavrório que assusta, mas é exatamente isso ( S---R--->C ). Ilustrando com um exemplo, para você jogar um joguinho primeiro precisará de um vídeo game (S), que te possibilitará de jogar (R). Entretanto você só ficará jogando se o jogo for legal, no caso, se as consequências que o jogo produz em você forem agradáveis (C). É assim que o comportamento de humanos e não humanos se desenvolve. É assim que nós aprendemos a fazer certas coisas, como jogar, lembrando de cada botão, cada combo, de forma tão intuitiva, mas não sabemos calcular uma equação de primeiro grau. Selecionamos aquilo que nos da consequências agradáveis e rejeitamos aquilo que nos puni.

É a relação destas variáveis que irá configura o comportamento de vicio. Quando o individuo não tem habilidades para lidar com as mais variáveis situações, como sair com os amigos, jogar bola, ler um livro, escrever um post de psicologia. Assim como fazemos as coisas que gostamos e fugimos das coisas que nos causam algum desagrado, a tendência de um comportamento começar a ficar viciado é justamente a falta de habilidade de fazer outras coisas, por não tirar tanto prazer.



Então não devemos nos iludir em achar que é simples mito o fato de vídeo game viciar, mas não podemos ser hipócritas em achar que o vídeo game é um corruptor de criancinhas. O discurso merece uma saudável dosagem de ceticismo. Quando qualquer pessoa tem problema em desenvolver um conjunto saudável de habilidades para lidar com as mais variadas mudanças ambientais ela poderá desenvolver vários tipos de comportamentos desfuncionais, e um deles é o vicio. Nesse tipo a pessoa deixa de dormir, comer, estudar, sair de casa, falar com outras pessoas, tudo em função de um único comportamento, cérebroooo, digo, jogaaarrrrrr.

Vídeo game pode viciar? Pode. Assim como comer doce, tomar refrigerante, sair para a balada, ler livros, estudar, fazer exercício, usar dorgas. Qualquer coisa que forneça prazer, a um custo de execução baixo tem chance de causar uma dependência. O mais importante aqui não é negar o vídeo game a crianças, pois jogar é uma tarefa que também ensina e de forma muito mais eficiente do que as escolas tradicionais. Você aprende o que é certo e errado, como raciocinar para completar uma tarefa, escolhas morais, língua estrangeira, entre outras diversas funções . A escolha certa aqui é ensinar como fazer outras coisas que também agrade a pessoa. Evoluir o repertorio comportamental para favorecer uma capacidade de resolver problemas, grande o bastante para diminuir a possibilidade de se prender a uma unica fonte de prazer.



Um comentário:

  1. Muito bom, mas acredito que o texto poderia ser melhor desenvolvido. Esse vídeo sobre o mesmo assunto é interessante: https://youtu.be/KgbHNJ49fy4?list=PLF76FegtAXILV_Vg0Ur7lenn_FmYy1ax_

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